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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Religião e mitologia na Grécia antiga

A religião foi um dos principais elementos de vínculo cultural entre os gregos. Entre suas características, podemos citar o politeísmo, isto é, o culto a vários deuses e o antropomorfismo (do grego antropo = homem; morfismo = referente à forma), pois os deuses gregos eram representados com forma e comportamento semelhantes aos dos seres humanos.

Além dos deuses, os gregos também reverenciavam os heróis, que eram semideuses, isto é, filhos de um deus imortal com uma pessoa mortal.
A religião grega não tinha normas (dogmas) estabelecidas em um único livro sagrado. Seus princípios foram transmitidos pela tradição oral.

Havia cultos públicos às divindades, geralmente conduzidos por sacerdotes, nos quais orações e sacrifícios de animais eram elementos importantes para se obter benefícios e proteção dos deuses. As famílias gregas também prestavam culto privado aos espíritos dos antepassados. 

Os gregos acreditavam que os deuses comunicavam-se com os seres humanos de diversas maneiras, por exemplo, o óraculo, resposta dada por um deus sobre determinada consulta por meio de sacerdotes capazes de transmitir a mensagem.

Fonte: 
História Global. Gilberto Cotrim. Volume 1.

Sítio arqueológico Cais do Valongo

Reconhecido como Patrimônio Mundial em 2017, o sítio arqueológico Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, é um testemunho da trágica história da escravização e do tráfico de pessoas da África, sobretudo para o Brasil.

Estima-se que no Cais do Valongo tenham desembarcado cerca de 1 milhão de africanos escravizados, que foram trazidos de forma forçada ao Brasil para trabalhar. Esse foi o maior porto de chegada de escravizados da América.

O Cais do Valongo foi construído em 1811 e reformado em 1843 para receber a imperatriz Teresa Cristina, esposa de Dom Pedro II. O local foi então rebatizado como “Cais da Imperatriz”, motivo pelo qual existe um monumento registrando sua chegada. Em 1911, o cais foi aterrado, ficando o local distante do mar. Escavações e pesquisas arqueológicas feitas em 2011 revelaram o calçamento original do Cais do Valongo. Hoje, ele se tornou um monumento aberto à visitação.

Após o desembarque no Brasil, os escravizados eram expostos aos compradores em mercados.
Mercado de escravos do Valongo, litogravura de Jean-Baptiste Debret, século 19.

O valor histórico, arqueológico e cultural do sítio arqueológico Cais do Valongo está no testemunho de um triste período de nossa história. Ele deve servir como reflexão sobre a liberdade humana, o respeito à diversidade e os desafios que ainda temos que enfrentar para nos tornarmos uma sociedade realmente justa para todos.

Apesar da dor que representa, o sítio arqueológico Cais do Valongo também é um monumento de afirmação da resistência dos afrodescendentes e de sua fundamental contribuição para nossa identidade cultural.

Fonte: 
Pitanguá Mais – História - 5º Ano.

A escrita cuneiforme

A escrita surgiu por volta de 6 mil anos atrás, em uma região chamada Mesopotâmia (onde atualmente fica o Iraque). Os sumérios, povo que vivia nessa região, foram provavelmente os primeiros a usar um código escrito. Tudo começou provavelmente com a necessidade de registrar quantidades de produtos agrícolas, o número de animais que alguém possuía e as trocas feitas entre as pessoas. Foram esses registros das contagens que deram origem à escrita.



Os primeiros exemplos da escrita dos sumérios eram desenhos simplificados, que representavam animais, pessoas, objetos e elementos da natureza. Depois, esses desenhos ficaram mais elaborados, até se tornarem símbolos que representavam o som das sílabas de uma palavra. Com isso, a escrita conseguiu expressar melhor aquilo que as pessoas eram capazes de pensar e dizer.

A escrita dos sumérios foi chamada de cuneiforme, pois o instrumento usado para escrever os sinais tinha um formato de cunha ou triângulo. Como há 6 mil anos não existiam papel e lápis, eles escreviam na argila ou na pedra usando esse tipo instrumento pontiagudo.

Fonte: 
Pitanguá Mais – História - 5º Ano.

Gastronomia Cabo-verdiana

A gastronomia cabo-verdiana recebeu influências dos seus povoadores: os europeus e os africanos. O cereal que mais se adaptou ao território foi o milho que é a base de vários pratos: cachupa (o mais conhecido), xerém, kuskus, papa, camoca, milho “aliado”, milho verde assado ou cozido, milho em grão, bolo de milho com mel, fongo, brinhola, entre outros.

Cachupa.

É comum, em Cabo Verde, a confeção de pratos à base de peixe, como por exemplo, o caldo de peixe (de cavala ou de garoupa), principalmente nos centros urbanos. Geralmente, o caldo de peixe é acompanhado de mandioca, batata comum, batata-doce e inhame. Destacam-se ainda na gastronomia de Cabo Verde pratos como “Djagacida” (refeição tipicamente da ilha do Fogo, feito com feijão, carne de porco e xerém) e “Modje Manel Antône”, feito habitualmente com a carne de cabrito (prato típico de São Nicolau).

Como sobremesas, pode-se referir a confeção de doces como: doce de papaia, doce de marmelo, doce de banana e doce de goiaba.

Fonte
Caderno Experimental. História e Geografia de Cabo Verde. 6º Ano do Ensino Básico Obrigatório.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

O crioulo cabo-verdiano

A língua cabo-verdiana é a manifestação cultural mais importante do país. Encontra a sua origem nos séculos XV e XVI. É o produto da necessidade da comunicação funcional entre as várias etnias e culturas (europeus e africanos) que se cruzaram em Cabo Verde e sofreu muitas alterações ao longo dos séculos. Chegou a ser utilizada como ferramenta de ensino, designadamente na ladinização dos escravos e, por este motivo, falada pelos reinóis (portugueses vindos do reino).

Capa da obra de Baltazar Lopes da Silva,
Dialeto Crioulo, 1984.

Variantes 
O isolamento das nove ilhas habitadas e o período do povoamento de cada uma delas possibilitaram o surgimento de duas variantes do crioulo: 
O crioulo de Sotavento, que abrange as variantes do Maio, Santiago, Fogo e Brava; O crioulo de Barlavento, que abrange as variantes de Santo Antão, São Vicente, São Nicolau, Sal e Boavista. 

Embora a língua oficial seja o português (também um elemento importante do nosso património), hoje, através do crioulo, os cabo-verdianos transmitem toda a sua vivência, experiência e condutas sociais, permitindo o desenvolvimento de uma identidade nacional forte.

A língua cabo-verdiana, também conhecida por crioulo cabo-verdiano ou simplesmente crioulo, é uma língua de base lexical portuguesa que nasceu em Cabo Verde. É a língua materna de praticamente todos os cabo-verdianos e é usada como segunda língua, pelos filhos dos emigrantes das ilhas.

Sabias que... 
Nos finais do século XIX, na tentativa de impor a língua portuguesa no arquipélago, houve o reforço do ensino, acontecimento que terá colaborado para a valorização do português, em detrimento do crioulo.

Fonte
Caderno Experimental. História e Geografia de Cabo Verde. 6º Ano do Ensino Básico Obrigatório.